Achados Clássicos de Imagem na Esclerose Múltipla

Achados Clássicos de Imagem na Esclerose Múltipla
19/09/2024
5 min

Os achados de imagem da esclerose múltipla (EM) incluem lesões em locais como periventricular, cortical e medula espinhal, fundamentais para o diagnóstico por ressonância magnética (RNM).


Conceitos

No episódio 164, discutimos como a RNM é uma etapa fundamental na investigação de pacientes com suspeita de esclerose múltipla.

Destacamos 4 localizações características que merecem atenção:

  • Periventricular
  • Cortical/Justacortical
  • Infratentorial
  • Medula

Quais são os achados clássicos na região periventricular?

As lesões periventriculares são típicas da esclerose múltipla e apresentam características específicas, como:

  • lesões ovais
  • hiperintensas em T2/FLAIR
  • dimensões superiores a 3 mm
  • disposição perpendicular aos ventrículos laterais

Um achado marcante nesta área é a formação dos chamados "Dedos de Dawson", observados em cortes sagitais.

Essas lesões têm distribuição perpendicular à superfície dos ventrículos, um indicativo clássico da esclerose múltipla.

Como se apresentam as lesões corticais e infratentoriais?

Nas regiões corticais e subcorticais, as lesões podem aparecer de forma anelar incompleta, sendo outro achado importante para o diagnóstico de esclerose múltipla.

Já na área infratentorial, é comum observar lesões desmielinizantes localizadas no tronco encefálico e cerebelo.

Quais são os achados na medula espinhal?

Na medula espinhal, as lesões típicas da esclerose múltipla apresentam algumas características específicas, como:

  • lesões curtas (< 1,5 corpo vertebral de extensão)
  • lesões parciais (periféricas)
  • predomínio cervical e torácica

Como diferenciar esclerose múltipla de outras condições?

Um ponto de atenção é a presença de mielite longitudinalmente extensa, que envolve a medula espinhal por mais de três corpos vertebrais.

Nesses casos, deve-se considerar diagnósticos alternativos, como:

  • Neuromielite óptica
  • Neurosarcoidose
  • Lúpus eritematoso sistêmico
  • Síndrome de Sjögren

Essas condições compartilham algumas características com a esclerose múltipla, mas possuem distinções importantes que podem ser detectadas na ressonância magnética.

Para saber mais

Aprofunde-se no tema ouvindo nosso episódio, onde exploramos a apresentação clínica, os exames complementares e os diagnósticos diferenciais da esclerose múltipla, discutidos a partir de 3 casos clínicos.

Referências

  1. https://radiopaedia.org/articles/multiple-sclerosis
  2. Osborn's Brain: Imaging, Pathology and Anatomy. 2nd edition. 2017
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