O estudo LODESTAR questiona a necessidade de prescrever estatinas de alta potência em todos os casos de Doença Arterial Coronariana (DAC). Entenda os resultados.
O que sabemos?
As guidelines atuais sugerem que estatinas de alta potência, como Atorvastatina (40 - 80mg) e Rosuvastatina (20 - 40mg), são a escolha padrão para o manejo da DAC.
No entanto, surge a pergunta:
E se o LDL* estiver controlado com uma estatina de menor potência? |
*Lipoproteína de baixa densidade
Estudo LODESTAR
Um estudo publicado em 2023 no JAMA, o LODESTAR, investigou se é possível focar apenas no alvo de LDL, em vez de priorizar sempre a dose máxima da estatina.
Essa questão é fundamental para entender se pacientes poderiam ser tratados de forma eficaz com doses menores.
Metodologia do Estudo
O estudo randomizou 4.400 pacientes com DAC crônica e aguda para receberem estatinas de alta potência ou doses ajustadas conforme o alvo de LDL.
O objetivo era avaliar se a estratégia baseada no alvo de LDL não seria inferior ao uso de alta potência em termos de desfechos clínicos.
Resultados Relevantes
O desfecho primário foi:
- mortalidade por todas as causas,
- infarto agudo do miocárdio (IAM) não fatal,
- acidente vascular cerebral (AVC) não fatal,
- revascularização em 3 anos.
Especificamente, ocorreram eventos em 8,1% dos pacientes no grupo conforme alvo, comparado a 8,7% no grupo de alta potência, indicando que a estratégia conforme alvo foi não inferior à alta potência.
Para saber mais
Ainda no tema das estatinas, confira outros artigos como sobre seus efeitos adversos e sobrea associação com ezetimiba.
Referências
- Hong, Sung-Jin et al. “Treat-to-Target or High-Intensity Statin in Patients With Coronary Artery Disease: A Randomized Clinical Trial.” JAMA vol. 329,13 (2023): 1078-1087. doi:10.1001/jama.2023.2487