Descubra como conduzir a investigação inicial da eosinofilia, desde a definição e causas até as abordagens para casos graves e menos comuns. Entenda as orientações para um diagnóstico eficiente.
Definições de Eosinofilia e Suas Variações
A eosinofilia é caracterizada por níveis de eosinófilos entre 500 e 1500/uL.
Quando esses níveis ultrapassam 1500/uL em duas medidas com intervalo de um mês, ou há presença de eosinofilia tecidual, chamamos de hipereosinofilia.
A Síndrome Hipereosinofílica, por sua vez, envolve hipereosinofilia no sangue acompanhada de disfunção orgânica causada pela eosinofilia tecidual.
Causas de Eosinofilia Moderada (500-1500/uL)
As principais causas de eosinofilia com níveis entre 500 e 1500/uL incluem atopia e infecções parasitárias que não apresentam ciclo tecidual.
Em áreas endêmicas, é recomendável considerar o tratamento empírico de parasitoses.
Fatores que Contribuem para Eosinofilia Acima de 1500/uL
Eosinofilia com níveis superiores a 1500/uL pode ser provocada por:
- parasitas com ciclo tecidual;
- infecções como HIV e HTLV;
- uso de medicamentos, incluindo AINEs, antibióticos e alopurinol.
A eosinofilia induzida por medicamentos geralmente se manifesta entre 2 a 8 semanas após o início do uso.
Abordagem para Eosinofilia em Pacientes Graves
Em pacientes clinicamente graves, a investigação deve ocorrer concomitantemente ao tratamento, sendo recomendado o uso de corticoides.
Em casos de suspeita de eosinofilia causada por estrongiloidíase, o uso de corticoides é contraindicado.
Identificando Causas Menos Comuns de Eosinofilia
Após a exclusão das causas mais comuns, deve-se solicitar investigação laboratorial, considerando outras causas, como eosinofilia clonal, vasculites e linfomas.
É importante solicitar exames para avaliar o acometimento orgânico específico.
