A reposição de potássio é vital para pacientes com hipocalemia.
Confira 5 dicas essenciais que abordam desde metas de reposição até a escolha entre via endovenosa e enteral. E ouça nosso episódio sobre o assunto aqui:
Classificação e complicações da hipocalemia
A hipocalemia é classificada em leve, moderada e grave, com base nos níveis séricos de potássio:
Hipocalemia leve (3,5 a 3 mEq/L) |
Muitas vezes assintomática, mas pode causar sintomas gastrointestinais e fraqueza muscular |
Hipocalemia moderado (2,9 a 2,5 mEq/L) |
Aumenta o risco de arritmias |
Hipocalemia grave (abaixo de 2,5 mEq/L) |
Associada a um alto risco de arritmias e rabdomiólise, exigindo intervenção urgente |
Quais são as metas de reposição de potássio?
Em pacientes hospitalizados, a meta padrão de potássio é de 3,5 mEq/L. No entanto, para cardiopatas agudos, essa meta sobe para 4 mEq/L.
É fundamental investigar a causa da hipocalemia e ajustar o tratamento, considerando os eletrólitos e medicações em uso, como diuréticos e IBPs.
Reposição endovenosa de potássio: quando indicar?
A reposição endovenosa de potássio é indicada em casos de:
- hipocalemia grave;
- presença de sintomas significativos como arritmias ou alterações eletrocardiográficas;
- intolerância às formulações de potássio via oral.
Reposição enteral de potássio: qual a via preferencial?
A reposição enteral é preferencial, com três formulações principais: cloreto de potássio para alcalose metabólica, citrato de potássio para acidose metabólica, e fosfato de potássio. A escolha depende do distúrbio ácido-base do paciente.
E os diuréticos poupadores de potássio?
Diuréticos poupadores de potássio são preferidos quando o paciente tem hiperaldosteronismo primário ou é cardiopata em uso de diuréticos de alça ou tiazídicos. Nessas situações, a reposição de potássio pode ser menos efetiva ou indicada.