Reposição de Potássio: 5 Dicas Essenciais

Reposição de Potássio: 5 Dicas Essenciais
22/08/2024
5 min

A reposição de potássio é vital para pacientes com hipocalemia.

Confira 5 dicas essenciais que abordam desde metas de reposição até a escolha entre via endovenosa e enteral. E ouça nosso episódio sobre o assunto aqui:


Classificação e complicações da hipocalemia

A hipocalemia é classificada em leve, moderada e grave, com base nos níveis séricos de potássio:

Hipocalemia leve 
(3,5 a 3 mEq/L)
Muitas vezes assintomática, mas pode causar sintomas gastrointestinais e fraqueza muscular
Hipocalemia moderado
(2,9 a 2,5 mEq/L)
Aumenta o risco de arritmias
Hipocalemia grave
(abaixo de 2,5 mEq/L)
Associada a um alto risco de arritmias e rabdomiólise, exigindo intervenção urgente

Quais são as metas de reposição de potássio?

Em pacientes hospitalizados, a meta padrão de potássio é de 3,5 mEq/L. No entanto, para cardiopatas agudos, essa meta sobe para 4 mEq/L.

É fundamental investigar a causa da hipocalemia e ajustar o tratamento, considerando os eletrólitos e medicações em uso, como diuréticos e IBPs.

Reposição endovenosa de potássio: quando indicar?

A reposição endovenosa de potássio é indicada em casos de:

  • hipocalemia grave;
  • presença de sintomas significativos como arritmias ou alterações eletrocardiográficas;
  • intolerância às formulações de potássio via oral.

Reposição enteral de potássio: qual a via preferencial?

A reposição enteral é preferencial, com três formulações principais: cloreto de potássio para alcalose metabólica, citrato de potássio para acidose metabólica, e fosfato de potássio. A escolha depende do distúrbio ácido-base do paciente.

E os diuréticos poupadores de potássio?

Diuréticos poupadores de potássio são preferidos quando o paciente tem hiperaldosteronismo primário ou é cardiopata em uso de diuréticos de alça ou tiazídicos. Nessas situações, a reposição de potássio pode ser menos efetiva ou indicada.

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