Cefaleia Primária e Secundária

Cefaleias primárias são cefaleias que não são atribuíveis a uma condição médica subjacente; elas próprias são a entidade patológica. As cefaleias primárias mais comuns incluem a enxaqueca, a cefaleia tensional e a cefaleia em salvas. Elas são diagnosticadas com base em características clínicas típicas e na ausência de causas secundárias. Acredita-se que a explicação para as cefaleias primárias envolva disfunção das vias de modulação da dor, sem alterações estruturais ou metabólicas detectáveis ​​em exames realizados habitualmente.

Em contraste, as cefaleias secundárias são sintomas de uma condição ou doença subjacente. Essas cefaleias são causadas por outro distúrbio capaz de causar cefaleia, como doenças vasculares (hemorragia subaracnoidea, acidente vascular cerebral hemorrágico, arterite temporal), infecções (meningite), neoplasias, trauma ou uso excessivo de medicamentos. O diagnóstico de uma cefaleia secundária é estabelecido quando há uma relação temporal próxima entre o início da cefaleia e a doença ou condição subjacente, ou quando uma cefaleia preexistente muda de característica em associação com a condição secundária. A presença de "sinais de alerta" — como início súbito, nova cefaleia em pessoas idosas, déficits neurológicos focais e febre— deve levar à avaliação de causas secundárias.


Referências:

  1. Lebedeva ER, Olesen J. Proposed general diagnostic criteria for secondary headaches. Cephalalgia. 2023.
  2. . Headache Classification Committee of the International Headache Society (IHS) The International Classification of Headache Disorders, 3rd edition. Cephalalgia. 2018.
  3. Viera AJ, Antono B. Acute Headache in Adults: A Diagnostic Approach. Am Fam Physician. 2022.

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